O capitão de um barco de refugiados está sendo julgado por ter jogado
ao mar seis refugiados cristãos, o que resultou na morte deles. O
motivo, segundo testemunhas, é que os homens que atravessavam do
Marrocos para Espanha, oravam a Deus para que a forte tempestade
parasse.
De acordo com Christian Today,
o capitão Alain NB, do Camarões, pode pegar até 90 anos de prisão pelo
assassinato dos refugiados nigerianos. A justiça da Espanha pede a
condenação de 15 anos para cada um dos mortos.
O processo indica
que o barco pilotado por Alain, que seria muçulmano, estava tendo
dificuldades de atravessar o mar. Os seis refugiados cristãos começaram
então a orar em voz alta, pedindo a intervenção de Deus. Um deles seria
um pastor e liderou o grupo na intercessão.
O capitão os acusou de
piorar a tempestade com suas orações. Juntamente com outros
tripulantes, agrediu os homens antes de jogá-los ao mar, onde se
afogaram. Até agora penas um corpo foi encontrado na costa de Granada.
Alain
NB nega todas as acusações, em especial que o conflito tenha motivação
religiosa. Seu advogado afirma que depoimentos de testemunhas são
“inconsistentes”. Os promotores, no entanto, alegam que o capitão
“estava ciente de que as vítimas não poderiam sobreviver e que iriam
morrer, seja por afogamento, frio, ou por causa das lesões físicas que
sofreram. Ele estava ciente da baixa temperatura, do mar revolto e a
grande distância que estavam da costa, além da ausência de qualquer
barco nas proximidades, que poderia resgatá-los”.
Segundo apontam
as investigações, faziam a travessia cerca de 50 imigrantes em um barco
inflável, que não tinha motor. A embarcação ficou à deriva ao largo da
costa de Almería, sul da Espanha. Apenas 29 sobreviventes foram
encontrados, alguns dias depois. Vários passageiros morreram ao longo da
travessia por causa do mau tempo.
Os números mais recentes
mostram que mais de 300.000 imigrantes já cruzaram o Mediterrâneo para a
Europa em 2016. Estima-se que 3.000 morreram tentando fazer a
travessia. A grande maioria são da Síria, seguidos por pessoas que fogem
de guerras no Afeganistão, Iraque e Nigéria.
Fonte: Gospel Prime
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